terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A importância de Desabafar

As pessoas precisam de alguma forma falar sobre algo que as incomodam (desabafar), algumas utilizam à escrita, o desenho, a pintura, a escultura, enfim, a arte como forma de sublimação – processo pelo qual a energia psíquica não aceita socialmente é direcionada para atividades e realizações aceitas socialmente. Alguns se tornam grandes escritores, músicos e artistas por sua capacidade de sublimação.
 
Freud através de um estudo dedicado a Leonardo Da Vinci em 1910 pode introduzir na psicanálise conceitos fundamentais se destacando a sublimação. Observando que o gênio Leonardo se aprofundava intensamente em seus estudos e na sua arte como forma de sublimar desejos e sentimentos não resolvidos ou desconhecidos.

As pessoas que não possuem esse mecanismo de defesa buscam através do desabafo de falar com outras pessoas sobre o que está sentindo. Muitas vezes falam de sua intimidade com terceiros que nunca tiveram um vínculo de confiança, gerando uma atitude inadequada e prejudicial.

Vale ressaltar aqui a importância de um bom amigo, aquela pessoa que vai te ouvir no momento que você necessita e que guardará para si os medos e anseios relatados.

Claro que um amigo nunca será seu psicólogo ou seu psicólogo será seu amigo, pois mesmo que o seja, não terá manejo e técnica para condução de terapia, como já escrevi há algum tempo nesta coluna. A diferença do bom amigo e do psicólogo é ampla.

O psicólogo possui escuta empática, analítica e interpretativa do que é dito, nunca dá opinião formada (preconceituosa) sobre assunto, não julga, sempre disposto a entender o que o outro tem a revelar, utiliza-se de técnicas psicoterapêuticas (análise de sonhos, imaginação ativa, associação livre, e etc) que fazem com que o individuo que desabafe entenda o motivo do seu anseio/medo. O psicólogo é sigiloso, não podendo revelar nada do que é dito em análise.


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