De um lado da
mesa, o amigo dizia que a namorada tinha pedido umas coisas estranhas
ultimamente. Tapas, mordidas, posições mais libertadoras do que aquelas
tipicamente conhecidas pelo kama sutra limitado de casais. O mesmo amigo, meses
antes, tinha relatado o sexo incrível que fez no banheiro de uma balada com uma
desconhecida cujo nome ele nem lembrava. Ela também tinha pedido tapas,
mordidas e posições astrônomicas. Me pergunto qual teria sido a grande
diferença entre uma e outra. Com a questão na ponta da língua, de mesa em mesa
de bar, cheguei a uma percepção medíocre sobre a gente: a galera tem medo de se
libertar na cama quando o relacionamento envolve algum tipo de comprometimento
ou sentimento.
Isso mesmo que você leu, caro(a) amigo(a). Parece a maior besteira do mundo pensar assim, não é? Afinal de contas, qual o sentido de se privar da putaria entre quatro paredes com seu namorado ou namorada, se a relação de vocês vai além do sexo? Pelo que entendi da lógica dessa galera cheia de pudor, o que acontece é o seguinte: liberar fantasias e fetiches pode ser constrangedor se você levar essas concepções pra fora da cama. Ou seja: a coisa toda gira em torno de ter que encarar nos próximos dias alguém com quem você se libertou totalmente. Por isso pode parecer mais fácil se abrir sexualmente com alguém que você nunca mais vai ver na vida.
Um amigo me relatou o medo de xingar a namorada ou descer o palavreado a um nível mais excitante porque ela poderia ficar chateada. Outra conhecida me disse que se segura pra não parecer uma “puta” na cama por mais que a vontade dela seja essa. Em ambos os casos, o medo de ser julgado fora das quatro paredes prevalece. E o que a gente aprende com isso? Que essa lógica não tem o menor cabimento.
Isso mesmo que você leu, caro(a) amigo(a). Parece a maior besteira do mundo pensar assim, não é? Afinal de contas, qual o sentido de se privar da putaria entre quatro paredes com seu namorado ou namorada, se a relação de vocês vai além do sexo? Pelo que entendi da lógica dessa galera cheia de pudor, o que acontece é o seguinte: liberar fantasias e fetiches pode ser constrangedor se você levar essas concepções pra fora da cama. Ou seja: a coisa toda gira em torno de ter que encarar nos próximos dias alguém com quem você se libertou totalmente. Por isso pode parecer mais fácil se abrir sexualmente com alguém que você nunca mais vai ver na vida.
Um amigo me relatou o medo de xingar a namorada ou descer o palavreado a um nível mais excitante porque ela poderia ficar chateada. Outra conhecida me disse que se segura pra não parecer uma “puta” na cama por mais que a vontade dela seja essa. Em ambos os casos, o medo de ser julgado fora das quatro paredes prevalece. E o que a gente aprende com isso? Que essa lógica não tem o menor cabimento.
Se você pode justamente confiar em alguém numa
relação, a ideia é de que essa confiança sirva pra que você se sinta cada vez
mais confortável em explorar os seus mais profundos desejos, inclusive (e
principalmente) aqueles bem sujos, que você não revelaria a ninguém. Um
relacionamento a dois tem que seguir com a máxima de que vale tudo entre quatro
paredes e que julgamentos bobos devem ser deixados pra sociedade convencional
que se preocupa em ser retrógrada. Por que fazer de tudo, e quando eu digo
tudo, eu incluo tudo mesmo, com um desconhecido e não fazer com o seu par? Pelo
puro medo de pensar sobre o que ele/ela vai achar de você no dia seguinte? Essa
é a melhor receita pra que você mate o tesão e o potencial sexual do seu
relacionamento.
A gente deveria viver num mundo que idolatrasse
o companheirismo e baseasse suas experiências sexuais livremente dentro dele.
Não que você não possa fazer isso no sexo casual, mas encontrar alguém que tope
todo tipo de baixaria a dois e que também complemente sua vida sentimental é
incrível. E muita gente deixa de ter isso por vergonha de contar pro outro o
que gostaria de experimentar na cama ou não. Diálogo resolve tudo na maioria
das vezes. Nas vezes em que diálogo não resolve, putaria pode ajudar. Desde que
você encare seu relacionamento como uma fonte de experiências inesgotáveis de
prazer a dois. E não como um limítrofe.
Como eu sempre digo: a puta ou o gostosão que
você procura dormem bem ao seu lado na cama. Ele/ela só precisa de um
empurrãozinho pra se libertar.
Daniel Oliveira - Jornalista - Casal sem vergonha
Daniel Oliveira - Jornalista - Casal sem vergonha
Nenhum comentário:
Postar um comentário