Boa parte das mulheres que não foram vítimas de agressões,
sejam elas morais ou físicas, pelo menos conhece alguma amiga ou parente que já
passou por isso.
A pesquisa Instituto Avon/IBOPE - Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil realizada em fevereiro de 2009 nas principais cidades brasileiras traça um panorama e comprova que 55% dos brasileiros conhecem casos de agressões familiares contra a mulher.
A pesquisa Instituto Avon/IBOPE - Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil realizada em fevereiro de 2009 nas principais cidades brasileiras traça um panorama e comprova que 55% dos brasileiros conhecem casos de agressões familiares contra a mulher.
Entre
os vários comentários de mulheres que enfrentam ou enfrentaram esse sofrimento,
observa-se é que muitas delas tomam coragem de denunciar os seus maridos ou
companheiros, entretanto acabam voltando para a casa por uma série de razões.
Conforme o estudo, 24% dos entrevistados acham que é por falta de
condições econômicas, 23% atribuem à preocupação com a criação dos filhos e 17%
pensam que a relação não é desfeita porque a mulher tem medo de ser morta.
Em
muitos casos, as agressões começam por causa de discussões banais “como o
feijão que queimou na panela”. No início, elas são apenas verbais, depois viram
empurrões, tapas, e assim por diante. “Por incrível que pareça, às vezes, elas
até se sentem culpadas e acreditam que o marido é o coitadinho da história. O
homem sabendo disso se aproveita ainda mais”, conta a comerciante que nunca foi
vítima e mantém um casamento saudável. Mesmo assim, sabendo dessa situação,
resolveu fazer a sua parte.
Na maioria das vezes, o alcoolismo e o consumo de drogas também serve de desculpa para eles. Para se ter uma ideia, um estudo recente feita Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 7 mil famílias em 108 cidades do Brasil, comprova que em quase metade das agressões (49,8%) o autor das surras estava embriagado. A conclusão: é mais fácil perdoar quando o agressor bebeu. A vítima considera o álcool como culpado e não o violentador.
Na maioria das vezes, o alcoolismo e o consumo de drogas também serve de desculpa para eles. Para se ter uma ideia, um estudo recente feita Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 7 mil famílias em 108 cidades do Brasil, comprova que em quase metade das agressões (49,8%) o autor das surras estava embriagado. A conclusão: é mais fácil perdoar quando o agressor bebeu. A vítima considera o álcool como culpado e não o violentador.
Os dados da pesquisa revelam algo que a presidente
da ONG já observa nos atendimentos. Mulheres vítimas
de violência também fazem
parte da classe alta. Dos agressores bêbados, 33% são de classe média e 17%, de
classe alta. Já no Disque-Denúncia 180 - que recebe ligações de todo País sobre
violência doméstica, foi apurado que 48,7% das vítimas agredidas não dependem
economicamente do agressor.
“Sempre
incentivamos que elas busquem a delegacia e prestem a queixa e busquem seus
direitos. Mas só isso não basta. É preciso resgatar a autoestima dessas
mulheres. Por isso ensinamos artesanato, que pode ser uma fonte de renda.
Também usamos a biodança e este mês vamos começar com a dança do ventre. Dessa
forma, elas tentam aos poucos, viver mais tranquilas com elas mesmas”,
finaliza.
Fonte: VilaMulher
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