“Queria muito poder ter ajudado. Eu não tive esse tempo”.
(Relatos de uma mãe após descobrir que o filho de 17
anos morreu de overdose de cocaína).
Muitos pais e mães não sabem como identificar que os
filhos estão envolvidos com essas substâncias. Para não perder tempo, cuidar
dos relacionamentos dentro de casa é o primeiro passo.

Cuidado: Observar o consumo de bebidas alcoólicas é importantíssimo. “Não há uma regra que a pessoa irá começar o uso de drogas pelo álcool, mas é um perigo permitir que adolescentes consumam essas bebidas. É ilegal e pode desencadear uma dependência”, alerta.
Além disso, após beber, o jovem fica mais vulnerável. “Com a pressão dos amigos, por exemplo, ele pode aceitar outras substâncias. Afinal, o adolescente, por si só, já é mais vulnerável”, avalia o psicólogo.
Ao perceber que o filho tem atitudes diferentes, os pais devem ter um conversa franca. Se ainda assim não surtir efeito, será necessário buscar ajuda. “O tipo vai depender da situação, da classe social e de como é o relacionamento entre os familiares. Médico, psicólogo, Conselho Tutelar e até a Justiça podem ser opções.” Só não dá para perder tempo.
Pais,
fiquem de olho!
Amigos: Se o seu filho começa a mudar o ciclo de amizades, pode ser um sinal de que ele esteja usando drogas. Mas não é uma certeza. Ele pode querer ter mais privacidade e andar com pessoas que tenham pensamentos parecidos com os dele. Fique atento se a família nunca
puder conhecer essas pessoas
Isolamento: O
jovem pode estar se afastando porque quer fazer algo que as pessoas não vejam
ou não aprovam. Se os pais acompanham o dia a dia dos filhos, são capazes de
identificar quando a mudança é motivo de preocupação. Ele pode querer se
aproximar de pessoas com interesses e gostos diferentes da família, mas
parecidos com os dele, como um time de futebol e a religião.
Pertences: O
filho chega em casa com objetos novos (roupas, celular) que não são deles ou o
contrário: começam a sumir pertences dele ou da família. Algumas substâncias
não são baratas e, com o aumento do consumo, ele vai precisar de dinheiro para
comprar mais.
Rendimento
escolar: Alterações
de comportamento na escola e nas notas são outros sinais. Se algo está errado,
é importante saber o motivo.
Apetite: As mudanças de apetite são próprias da idade. Observe se são muito repentinas, bruscas.
Sono: Dependendo
da substância, o efeito vai ser sedativo ou excitante no sistema nervoso
central. Preste atenção se ele está dormindo demais ou pouco, e se tem ciclo de
sono interrompido.
Comportamento: Alterações
de comportamento também são sinais. O adolescente fica mais agitado, agressivo
ou lento. Mas isso não quer dizer que ele não possa discordar de nada.
O que fazer? Fique
perto: A
sociedade está muito individualizada. É necessário olhar para os filhos. Quando
os pais estão próximos, são capazes de reconhecer as mudanças. O bom
relacionamento facilita o diálogo sincero sobre o assunto. Se sentir alguma
coisa diferente, pergunte e continue observando. Não chegue cobrando, porque
corre o risco de afastá-lo.
Fonte: Psicólogo Fábio Nogueira
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