A corrida contra o relógio vem
sendo um sintoma da vida moderna, e o estresse aumenta, emplacando os altos
índices de doenças da atualidade, principalmente em mulheres.
As mulheres são grandes vítimas,
pois se multiplicam para darem conta de vários papéis cotidianos. A incidência
do estresse no Brasil é de 32% na população adulta, e as mulheres são as mais
atingidas. A multiplicidade de papéis, aliando as responsabilidades
profissionais com as responsabilidades de cuidar da casa e dos filhos é um dos
principais motivos que fazem as mulheres liderarem as estatísticas do estresse,
segundo Marilda Lipp.
Se acompanharmos a rotina delas,
identificaremos os fatores estressantes a que estão vulneráveis. Saem pela
manhã após darem o café para os filhos, levam para a escola, já correndo contra
o tempo para chegarem ao serviço. Quando chegam ao ambiente de trabalho se
deparam com a necessidade constante de estarem atualizadas, cursos,
treinamentos, notícias do dia, metas a serem cumpridas, além de outras
situações das quais precisam resolver que não são do trabalho, e sim da vida
pessoal. Muitas dessas situações estão carregadas de cobranças internas, pois
somos criadas para dar conta de várias tarefas. Dividir-se entre casa, família,
trabalho e lazer, exige muito mais do que hoje podemos assumir, dando espaço
para o estresse se instalar.
Essa realidade que exige uma
elasticidade absurda, ainda cobra que elas se mantenham bonitas, corpos
malhados - além de serem mulheres, com desejos e necessidades de viver dentro
do social. São tantas as tarefas assumidas que aos poucos vão utilizando toda
energia de reserva, desencadeando estresse, entre outras doenças.
Foram entrevistadas 29 mil pessoas
em 12 Estados brasileiros em que se aferiu a quantidade majoritária de mulheres
estressadas, pela seguradora Sul América. Entre as 17 mil pessoas do sexo
feminino que responderam à pesquisa, 51% apresentaram nível elevado de
estresse. Entre os 12 mil homens entrevistados, a taxa de respostas afirmativas
para a queixa foi de 28%, 34 pontos porcentuais a menos do que elas.
Na tentativa de abraçarem o mundo,
esse índice aumenta de forma insidiosa, levando as mesmas a um estrago físico e
emocional. Muitas vezes a família acaba sendo vítima, pois recebe a carga pelo
cansaço provocado pelo estresse.
Precisamos computar também que
muitas assumem sozinhas as despesas da casa, e assumem os filhos de forma
praticamente integral. No caso da separação, a mulher na grande maioria das
vezes acaba ficando com os filhos, e durante a semana, as tarefas inerentes ao
papel materno e paterno acabam sendo assumidas somente pelas mães.
Um aspecto importante a ser
considerado, é estabelecer prioridades, cientes de que não dá para agirem como
mulher maravilha, pois mesmo que quisessem, estarão excedendo seus limites.
Procurar por momentos em que possam cuidar de si mesmas, sem assumir outras
responsabilidades, é uma ótima saída para evitar o estresse. Ir ao
cabeleireiro, fazer uma massagem relaxante, um cinema, ou mesmo ficar em casa
deitada na rede lendo um livro. Opções não faltam, é necessário somente dar
espaço para se olharem, pois a casa e os filhos podem esperar um pouquinho.
Fonte: Minha Vida
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