Aumento da intensidade e duração dos tratamentos são fatores
que estão por trás dessa alta.
O uso de antidepressivos cresceu na
última década, anunciou nesta quarta-feira (20), a OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), um aumento que pode ser explicado
parcialmente pela sensação de insegurança provocada pela crise econômica.

Islândia, Austrália e Canadá lideram a lista de países com consumo
mais elevado, à razão de 106, 89 e 86 doses, respectivamente, para cada mil,
enquanto Coreia (13), Chile (13) e Estônia (18) estão no extremo oposto. Acima
da média Noruega (58), Espanha (64), Bélgica (70), Finlândia (70) e o Reino
Unido (71), país cujo aumento se vincula diretamente com a maior duração dos
tratamentos.
A OCDE aponta que estão sendo prescritos antidepressivos
para formas mais leves de depressão como ansiedade e fobia social, e ressalta
que a pertinência de seu uso despertou reservas. O fato de esses remédios terem
se tornado mais aceitos socialmente, e que sejam receitados quando aparecem os
primeiros sintomas da depressão, também tem papel determinante na alta de
consumo. A OCDE acrescentou que o aumento "pode ser parcialmente explicado
pela sensação de insegurança provocada pela crise econômica", e cita como
exemplo países como Espanha e Portugal.
O consumo de antidepressivos por habitante cresceu 20% entre
2007 e 2011 em Portugal, e na Espanha 23%, números inferiores a alta de 28%
registrada nos quatro anos anteriores. O fator econômico não é, no entanto,
determinante se for levado em conta que países como a Alemanha, "menos
afetados pela crise e com uma recuperação muito mais rápida",
experimentaram um aumento de prescrições de 46% entre 2007 e 2011.
Fonte: Saúde R7
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