quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

PSICOTERAPIA PRODUZ MUDANÇAS NO CÉREBRO SEMELHANTES À ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS

A Psicoterapia pode produzir mudanças na função cerebral semelhantes ao observado com medicação psiquiátrica em pacientes com Perturbação Obsessivo – Compulsiva. 

Neste sentido o diretor do programa de transtorno obsessivo – compulsivo da Mount School of Medicine, em Manhattan, afirmou que “Assim a psicoterapia é uma maneira de ajudar a própria biologia”.

Os pesquisadores concluíram que a psicoterapia realizada com sessões uma ou duas vezes por semana, culminou na capacidade que os pacientes adquiriram para avaliar os seus sintomas e para os conseguir controlar e por outro lado permitiu que se confrontassem com os seus maiores medos.

Dr. Michael Jenike, diretor da clínica do Hospital Geral de Massachusetts afirmou que os estudos poderão abrir espaço para que alguns psiquiatras comecem a optar pelo tratamento psicoterapêutico dos seus doentes, em opção à medicação, ou em alternativa conjugar administração farmacológica com psicoterapia.

Quando o psicólogo introduz técnicas terapêuticas na conversa terapêutica está a atirar determinadas áreas no cérebro do paciente. A avaliação psicológica é assim de extrema importância antes de iniciar um tratamento psicoterapêutico, não só para saber o real estado clínico do paciente, mas também de acordo com as suas limitações, detectar as áreas cerebrais que mais precisam de ativação e assim delinear um caminho terapêutico a seguir.

Importante salientar que embora estes estudos serem efetuados em doentes com Perturbação Obsessivo – Compulsiva, refletem o que se passa com outros tipos de perturbações do foro psicológico, onde se destacam a Depressão Clínica e as Perturbações de Ansiedade (ansiedade generalizada, ataques de pânico, fobias, etc).

Uma grande vantagem de optar pelo tratamento psicoterapêutico é a ausência de efeitos secundários que a medicação psiquiátrica provoca.

Artigo Original: Psychotherapy Found to Produce Changes in Brain Functions Similar toDrugsBy DANIEL GOLEMAN - The New York Times

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