A gagueira afeta cerca de 1% da população, principalmente homens. Pesquisas revelam as bases neurobiológicas do distúrbio e como funcionam as terapias de reabilitação.
A gagueira é um distúrbio da comunicação no qual o fluxo da fala é interrompido por repetições, prolongamentos ou paradas anormais de sons e sílabas, podendo ser acompanhado de movimentos incomuns da face e do corpo que refletem o esforço para falar. Estima-se que cerca de 1% da população seja gaga, na razão de quatro homens para uma mulher.
A idéia de que a gagueira é causada por episódios traumáticos na infância não tem fundamento científico. Especialistas apontam pelo menos quatro fatores que contribuem para o desenvolvimento do distúrbio: herança genética (cerca de 60% dos pacientes têm alguém na família que também gagueja); problemas no desenvolvimento (crianças com distúrbios de linguagem são mais propensas); características neurobiológicas (algumas áreas cerebrais dos gagos são diferentes das de pessoas que não gaguejam); dinâmica familiar (excesso de expectativas e de frustração e estilo de vida muito acelerado podem contribuir para o aparecimento). Quase sempre a gagueira é o resultado da combinação desses fatores, e aqueles responsáveis pelo surgimento do problema não são necessariamente os mesmos que determinam sua continuidade ou piora ao longo da vida.
Existem basicamente duas linhas de tratamento da gagueira: a fonoaudiológica
A idéia de que a gagueira é causada por episódios traumáticos na infância não tem fundamento científico. Especialistas apontam pelo menos quatro fatores que contribuem para o desenvolvimento do distúrbio: herança genética (cerca de 60% dos pacientes têm alguém na família que também gagueja); problemas no desenvolvimento (crianças com distúrbios de linguagem são mais propensas); características neurobiológicas (algumas áreas cerebrais dos gagos são diferentes das de pessoas que não gaguejam); dinâmica familiar (excesso de expectativas e de frustração e estilo de vida muito acelerado podem contribuir para o aparecimento). Quase sempre a gagueira é o resultado da combinação desses fatores, e aqueles responsáveis pelo surgimento do problema não são necessariamente os mesmos que determinam sua continuidade ou piora ao longo da vida.
Existem basicamente duas linhas de tratamento da gagueira: a fonoaudiológica
e a psicológica. A primeira tende a enfatizar a aprendizagem motora de técnicas a serem usadas durante a fala; a segunda se concentra nos aspectos emocionais que interferem na fluência e na temporização da fala. Ambas oferecem bons resultados, especialmente nas crianças, se empregadas de forma complementar.
Terapias que funcionam
Como em muitos outros distúrbios, quanto mais cedo o tratamento da gagueira começar, maiores serão as chances de sucesso. Embora adultos em geral consigam melhorar razoavelmente sua fluência, os programas iniciados na infância com freqüência eliminam o problema definitivamente. Há diversos métodos disponíveis para tratar distúrbios da comunicação e da fala. Apenas alguns deles, entretanto, foram pesquisados de forma profunda. Dois métodos provaram ser particularmente bem-sucedidos.
No primeiro, conhecido como terapia de modificação da gagueira, os pacientes aprendem a chamada pseudogagueira. Eles são treinados para gaguejar de propósito, o que os põe em conflito com seus próprios tiques e os faz perder o medo de falar. O segundo método, chamado modelagem de fluência, emprega novas técnicas de fala. Uma variação dele é o programa Lidcombe, um tipo de terapia comportamental desenvolvido na Austrália e adaptado para cada criança.
Outra variante da modelagem de fluência foi criada pelos alemães Harald Euler e Alexander Wolff von Gudenberg. O tratamento começa com três semanas de terapia intensiva, durante as quais os gagos aprendem um novo padrão de fala, com técnicas de controle do stress, educação vocal e transições suaves entre sons e respiração. Os exercícios devem ser praticados por no mínimo um ano. A longo prazo, a taxa de sucesso é impressionante: mais de dois terços dos pacientes continuam falando mais fluentemente depois de dois anos.
Formas "indiretas" de terapia também podem ajudar a aumentar as chances de reabilitação. Elas têm como objetivo educar os pais de crianças gagas a mudar a forma como conversam com elas. Eles aprendem, por exemplo, a procurar não falar rápido demais e a evitar frases com estruturas muito complexas.
Formas "indiretas" de terapia também podem ajudar a aumentar as chances de reabilitação. Elas têm como objetivo educar os pais de crianças gagas a mudar a forma como conversam com elas. Eles aprendem, por exemplo, a procurar não falar rápido demais e a evitar frases com estruturas muito complexas.
2 comentários:
Ismael, gostaria de saber se voce recomenda alguma psicologa em Cuiaba especialista em gagueira pois eu e meu filho de l7 anos somos gagos, por favor me informe.
Abraços, aguardo retorno.
Ivanise
Olá Ivanise. Infelizmente não conheço nenhum profissional da psicologia que trabalha com Gagueira em cuiabá. Lhe recomendo que pesquise os profissionais que trabalham nesta cidade. Concerteza encontra-rá algum que irá lhe ajudar. Abraços e Sucesso.
Postar um comentário