Nesta postagem vamos fazer uma reflexão sobre a manifestação amorosa do terapeuta pelo cliente, a que é denominada "amor terapêutico". Nesse tipo de relação o amor pode acontecer, e se manifesta com características diferenciadas. Diferente do amor por si mesmo, amor fraterno, amor materno, amor erótico e amor romântico ou paixão.
O amor terapêutico envolve aceitar o cliente tal como ele é, perceber as suas necessidades, sentimentos, crenças, valores, conflitos e dificuldades entre outras coisas. Na relação terapêutica amorosa, o terapeuta se permite discordar do cliente, frustrar manipulações e jogos de controle, estabelecer limites entre terapeuta e cliente, oferecer suporte para que o cliente experimente as próprias limitações e dificuldades, responsabilizando-se por elas. O terapeuta que ama seu cliente precisa ser muitas vezes firme e forte para evitar manipulações e ajuda-lo a assumir responsabilidades. Isso não quer dizer que ele deva ser rude, agressivo ou frio, o que não seria uma atitude amorosa. A essência do Amor é o relacionamento. A relação terapêutica possui conhecidas características que a diferenciam das demais relações humanas, extensamente estudadas nas teorias da prática psicoterápica.
O amor terapêutico é mais um dos aspectos que distinguem essa forma de encontro de tantas outras. O amor terapêutico pode se manifestar não só na relação psicoterapeuta-cliente; um médico, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional também podem manifestar-se amorosos na relação com seus pacientes; certamente, suas atitudes amorosas facilitarão o processo de cura, de recuperação ou de reabilitação dos mesmos, uma vez que a saúde é muito mais do que a ausência de doenças, mas um estado de integração do indivíduo. É através do estado de ser amoroso que o terapeuta cria condições para que o cliente possa ouvir, ver compreender, aceitar e amar a si mesmo. O amor só pode ser recebido pelo cliente se ele próprio estiver em estado amoroso; o amor do terapeuta cria a oportunidade para que o potencial de amor do cliente possa ser ativado por ele mesmo. As atitudes amorosas do terapeuta favorecem o contato do cliente com o "desamor" próprio, uma vez que através da relação terapêutica ele poderá perceber que, apesar de ser aceito, valorizado, respeitado e amado, ainda assim ele rejeita, desvaloriza, desrespeita e deixa de amar a si mesmo.
O cliente que não ama a si mesmo envolve-se em relações não amorosas, pois nesse caso relacionar-se com o outro amoroso significa perceber-se e depar-se com as próprias dificuldades. O indivíduo amoroso não estabelece jogos manipulativos, nem cristaliza-se no desempenho de papéis rígidos, ou absorve projeções advindas do parceiro. Relacionar-se com uma pessoas verdadeiramente amorosa é como estar diante de um espelho e ver refletida a própria imagem, seja ela bela ou defeituosa. E este é um dos aspectos essenciais da relação terapêutica: o terapeuta amoroso confirma as necessidades do cliente e o eceita tal como é, mas sem contracontrolar ou manipular, sem seduzir sem deixar-se seduzir, sem incorporar projeções ou buscar onipotentemente satisfazer o cliente e "salvá-lo" das próprias dificuldades. Ele se oferece como instrumento para que o cliente experimente com segurança todo sofrimento auto-imposto, e a partir da constatação profunda de seus modos de existir, possa confirmar-se e compreender-se para ser capaz de amar a si mesmo.
Fonte: PEDRO LEITE
O amor terapêutico envolve aceitar o cliente tal como ele é, perceber as suas necessidades, sentimentos, crenças, valores, conflitos e dificuldades entre outras coisas. Na relação terapêutica amorosa, o terapeuta se permite discordar do cliente, frustrar manipulações e jogos de controle, estabelecer limites entre terapeuta e cliente, oferecer suporte para que o cliente experimente as próprias limitações e dificuldades, responsabilizando-se por elas. O terapeuta que ama seu cliente precisa ser muitas vezes firme e forte para evitar manipulações e ajuda-lo a assumir responsabilidades. Isso não quer dizer que ele deva ser rude, agressivo ou frio, o que não seria uma atitude amorosa. A essência do Amor é o relacionamento. A relação terapêutica possui conhecidas características que a diferenciam das demais relações humanas, extensamente estudadas nas teorias da prática psicoterápica.
O amor terapêutico é mais um dos aspectos que distinguem essa forma de encontro de tantas outras. O amor terapêutico pode se manifestar não só na relação psicoterapeuta-cliente; um médico, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um terapeuta ocupacional também podem manifestar-se amorosos na relação com seus pacientes; certamente, suas atitudes amorosas facilitarão o processo de cura, de recuperação ou de reabilitação dos mesmos, uma vez que a saúde é muito mais do que a ausência de doenças, mas um estado de integração do indivíduo. É através do estado de ser amoroso que o terapeuta cria condições para que o cliente possa ouvir, ver compreender, aceitar e amar a si mesmo. O amor só pode ser recebido pelo cliente se ele próprio estiver em estado amoroso; o amor do terapeuta cria a oportunidade para que o potencial de amor do cliente possa ser ativado por ele mesmo. As atitudes amorosas do terapeuta favorecem o contato do cliente com o "desamor" próprio, uma vez que através da relação terapêutica ele poderá perceber que, apesar de ser aceito, valorizado, respeitado e amado, ainda assim ele rejeita, desvaloriza, desrespeita e deixa de amar a si mesmo.
O cliente que não ama a si mesmo envolve-se em relações não amorosas, pois nesse caso relacionar-se com o outro amoroso significa perceber-se e depar-se com as próprias dificuldades. O indivíduo amoroso não estabelece jogos manipulativos, nem cristaliza-se no desempenho de papéis rígidos, ou absorve projeções advindas do parceiro. Relacionar-se com uma pessoas verdadeiramente amorosa é como estar diante de um espelho e ver refletida a própria imagem, seja ela bela ou defeituosa. E este é um dos aspectos essenciais da relação terapêutica: o terapeuta amoroso confirma as necessidades do cliente e o eceita tal como é, mas sem contracontrolar ou manipular, sem seduzir sem deixar-se seduzir, sem incorporar projeções ou buscar onipotentemente satisfazer o cliente e "salvá-lo" das próprias dificuldades. Ele se oferece como instrumento para que o cliente experimente com segurança todo sofrimento auto-imposto, e a partir da constatação profunda de seus modos de existir, possa confirmar-se e compreender-se para ser capaz de amar a si mesmo.
Fonte: PEDRO LEITE
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