segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ME SEPAREI, E AGORA?

Quando as dificuldades na convivência conjugal se tornam insustentáveis é usual que a separação apareça como o caminho para um alívio imediato. Em seguida, o   casal se dá conta de que ganha novos tipos de problema...

Lidar com certas perdas, com os aspectos bons que não se quer deixar e com uma certa ambivalência de sentimentos, não é simples. Além do que, mesmo para se separar, é preciso resolver os conflitos que atrapalham a vida conjugal, sobretudo se o casal tiver filhos. Afinal, não só se terá que decidir sobre a divisão dos pertences, mas também sobre a educação dos filhos e outras questões relacionadas ao futuro de todos.

Poucos casais em fase de separação conseguem tratar do processo com franqueza e colaboração. Não é raro os filhos presenciarem as brigas e serem utilizados como pombos-correio entre os pais, ou por vezes, serem até veículo de agressão de um para o outro, o que só os tornam mais confusos.

Se uma pessoa não compreende ao certo o que se passa e não supera as dificuldades de um casamento, pode acabar repetindo várias uniões de estrutura idêntica, como uma tentativa de resolver algo que na verdade é de seu próprio psiquismo, buscando desesperadamente uma solução através de sua contínua repetição na relação com diferentes cônjuges.
Psicoterapia de Casal

Se não há um projeto comum ao casal, se não é mais possível, então, manter-se a relação, o caminho para as mudanças precisa ser planejado, dirigido e acomodado. Não se trata mais de se manter o mito do "casal perfeito/ nota 10" como antigamente.
  
A separação, como qualquer outra decisão na vida, precisa ser refletida, compreendida, planejada com responsabilidade. Não cabe recorrer-se a ela de forma impulsiva em busca de alívio imediato. Os melhores caminhos, em geral, não são os mais fáceis.

Infelizmente, poucos casais conseguem se desligar de forma mais construtiva, uma vez que, se tivessem recursos para isso, é possível que nem chegassem a se separar.

A psicoterapia de casal e família pode ser de grande ajuda em qualquer etapa desse processo. Claro que se pensarmos de maneira preventiva, o ideal seria o casal lançar mão desse recurso no início do desencadeamento dos problemas, ou mesmo quando estão bem e querem compreender melhor alguns dos seus jeitos de funcionar.

Quando o casal consegue solicitar ajuda especializada, ganha a oportunidade de desfrutar de um espaço mais continente e neutro, onde os conflitos podem ser dramatizados, aconchegados e analisados. O terapeuta auxiliará os membros do casal a refazer os elos de ligação entre os eventos, compreendidos dentro das histórias individuais nas famílias de origem e na história da relação.

Mesmo que o casal em psicoterapia decida se separar, o trabalho poderá auxiliar no amadurecimento da decisão e no enfrentamento das emoções ligadas à separação.

Isto é particularmente importante no casal com filhos, que ainda manterá um vínculo enquanto pais, após a separação. Todos podem ser auxiliados a lidar com a nova situação. Afinal, estes mesmos filhos serão, no futuro, os provedores de novas unidades familiares.

O mais frequente, contudo, é que o casal que se submete a uma psicoterapia conjunta, acabe reconstruindo o vínculo em novo patamar e dissolvendo conflitos. Se o mal-estar se vai, não sobra muito motivo para se separarem, além de que, abre-se o caminho para uma relação mais prazerosa. 

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