sábado, 23 de novembro de 2013

ENCERRANDO CICLOS

“Cada um que passa em nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo” 
Antoine De Saint-Exupery

Conhecer pessoas ao decorrer de nossas vidas é natural, assim como reencontrar e desencontrá-las. Cada indivíduo carrega particularidades as quais nos identificamos permitindo aproximação, e supostamente relações interpessoais. Porém algumas dessas relações podem se desfazer, seja por vontade própria ou não.

A essência das relações está na simplicidade, no encontro que o outro nos permite sentir com ele, e com nós mesmos. Quando reencontramos pessoas, o reencontro nos possibilita além de despertar sentimentos, lembranças recalcadas. Reviver a partir de reencontros pode ser surpreendente. Mas podemos nos surpreender ainda mais quando o reencontro nos faz sentir e enxergar aquilo que deveria ter acontecido, mas não ocorreu, ou seja, “fechar o que permanecia aberto”, encerrar o ciclo.

Atitudes ou a falta delas podem modificar uma história. Talvez por medo ou comodismo deixamos de encerrar um ciclo em nossas vidas. Não raramente acreditamos ter finalizado algo, porém isso ocorreu superficialmente, mas não concretamente. Temos conhecimento de que necessitamos encerrar determinado fato ou fantasia, mas porque é tão difícil colocar um ponto final? Nossos níveis de angústia e ansiedade elevam-se quando nos encontramos em situações as quais não queremos (ou não suportamos) passar, tornando-se mais dificultoso e complexo, aquilo que supostamente seria simples.

Vivenciar o luto é um fator relevante ao ser humano, porém alguns, não o fazem. Considerando luto não apenas por perdas de pessoas queridas, mas qualquer outra perda que pudessem considerar irrelevantes. O processo de luto, ou seja, o período pelo qual o indivíduo vivencia e compreende o desligamento do que perdeu, faz-se necessário para aceitação da perda.

Cada indivíduo tem o seu tempo, mas podem encerrar um ciclo, sem necessidade de atingir os extremos, ou seja, não sofrer e sofrer muito, mas sim vivenciar a perda de maneira saudável.

Encerrei um ciclo para reviver novas histórias...
PSICOQUÊ?

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